A ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRANSCRANIANA E O AVE

O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma das principais causas de deficiência em todo o mundo. Dentre as deficiências mais comuns, pode se destacar a motora e essa se relaciona principalmente com comprometimentos da marcha (dificuldade de “caminhada”). O comprometimento da marcha leva a redução da participação social e da execução de atividades de vida diária, reduzindo então a qualidade de vida do indivíduo.

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Como uma das principais queixas de indivíduos pós AVE está relacionada a marcha, geralmente esse é o foco principal nas reabilitações ao redor do mundo.

Como resultado da inibição transcalosa (ou seja, passando pelo corpo caloso que é a estrutura que liga os dois lados do cérebro) anormalmente aumentada do hemisfério contralateral para ipsilateral, um desequilíbrio na inibição inter-hemisférica frequentemente ocorre após o AVE. Em outras palavras, o lado do cérebro que não foi acometido inibe o lado que foi acometido, piorando ainda mais os déficits apresentados pelo indivíduo.

Por esse motivo, a estimulação magnética transcraniana (TMS), um tipo de estimulação cerebral não invasiva, tornou-se uma terapia auxiliar essencial para a reabilitação da função motora, modulando a excitabilidade cortical e induzindo a plasticidade neural. TMS pode aumentar ou diminuir a excitabilidade do local do córtex cerebral estimulado e de regiões remotas por meio de conexões anatômicas funcionais. Ou seja, podemos aumentar a atividade do lado do cérebro que está sendo inibido ou reduzir a atividade do lado que está inibindo.

Teoricamente, a TMS repetitiva pode induzir diferentes alterações na excitabilidade cortical que variam com a frequência estimulada:

– A TMS repetitiva de alta frequência (HF-rTMS) aumenta a atividade cerebral;

– A TMS repetitiva de baixa frequência (LF-rTMS) induz o efeito oposto.

A ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRANSCRANIANA E O AVE

Um estudo com indivíduos pós AVE comparou a eficácia de diferentes intervenções em TMS repetitiva para a função motora dos membros inferiores e explorou a eficácia da TMS repetitiva na excitabilidade cortical. Foi uma revisão sistemática composta por 26 estudos no total, o que representa uma grande amostra (943 indivíduos após AVE).

Nesse estudo apenas a TMS repetitiva de baixa frequência foi eficaz para a melhora da função motora. Esta intervenção pode teoricamente reduzir a excitabilidade cortical contralesional e, assim, aumentar a atividade ipsilesional sob o mecanismo de depressão de longo prazo.

A TMS repetitiva de alta frequência foi mais eficaz para velocidade de marcha e para amplitudes MEP (que avalia a excitabilidade cortical – denota a força ou integridade fisiológica da via corticoespinhal). Porém, esses dois resultados não entraram para a metanálise (que é uma análise mais minuciosa dos dados numéricos).

Resumindo, a TMS repetitiva de baixa frequência pode melhorar a função motora e a TMS repetitiva de alta frequência pode aumentar a amplitude da MEP. Além disso, a TMS repetitiva de baixa frequência é superior a outras intervenções para reabilitação de AVE.

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Fonte: Xie YJ, Chen Y, Tan HX, Guo QF, Lau BW, Gao Q. Repetitive transcranial magnetic stimulation for lower extremity motor function in patients with stroke: a systematic review and network meta-analysis. Neural Regen Res. 2021 Jun;16(6):1168-1176.

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