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A Fonoaudiologia e o Acidente Vascular Cerebral

A Fonoaudiologia e o Acidente Vascular Cerebral

A pessoa acometida pelo AVC necessitará do acompanhamento de diversos profissionais da área da saúde, entre eles o fonoaudiólogo, que é o terapeuta responsável pela reabilitação da simetria facial, da fala, da voz, da linguagem e da deglutição, funções estas que podem sofrer comprometimento após um evento isquêmico ou hemorrágico.  Recomenda-se que a reabilitação da pessoa com AVC aconteça de forma precoce e em toda a sua integralidade, uma vez que o tratamento imediato, associado às técnicas adequadas de reabilitação, pode minimizar as incapacidades, evitar sequelas e proporcionar ao indivíduo o retorno o mais breve possível a realização das suas atividades de vida diária.

Para você que acabou de chegar no site por este artigo, quero que você saiba que a Clínica Prosense, é uma referência nacional em reabilitação de lesões e problemas neurológicos. A equipe multidisciplinar, altamente especializada, e com recursos tecnológicos e instrumental propício para aceleração da sua independência e reabilitação.  Seja bem vindo e boa leitura!

Disfagia  

A disfagia é conceituada como uma alteração no processo de deglutição, interferindo no transporte do bolo alimentar da boca até o estômago. As disfagias neurogênicas ocorrem com muita frequência no AVC. Estas estão relacionadas a um alto grau de internação e mortalidade em idosos, pois frequentemente causam alterações nutricionais, aspiração de saliva, secreções ou alimentos, levando a complicações clínicas como desidratação, desnutrição e pneumonias aspirativas.

Alguns sintomas podem ser indícios da presença de disfagia na pessoa que sofreu AVC, podemos citar: falta de apetite, recusa alimentar, dificuldade de reconhecimento visual do alimento, dificuldades de mastigação, tosse, engasgos e  pigarros durante a alimentação, ocorrência de emagrecimento sem causa nos últimos meses, períodos de febre, sinais de desconforto respiratório, aumento da frequência respiratória durante ou após as refeições e/ou  histórico de pneumonias de repetição. A principal função do tratamento da disfagia é evitar as pneumonias aspirativas, a desnutrição dos pacientes e manter de forma segura a alimentação por via oral.

 Paralisia facial

A paralisia facial é uma manifestação frequentemente observada no pós-AVC que se caracteriza pela diminuição dos movimentos faciais na hemiface acometida, podendo resultar nas alterações da mímica facial, das funções de deglutição e fonação, com consequente impacto estético e funcional.

A reabilitação da assimetria facial visa minimizar os efeitos da paralisia/paresia da musculatura orofacial, nas funções de mímica, fala e mastigação, além da melhora do aspecto social e emocional do paciente.

Comunicação

As lesões cerebrais decorrentes do AVC, dependendo da área de comprometimento, podem gerar sequelas relativas à linguagem oral e escrita (afasias), distúrbios auditivos, planejamento (apraxia oral e verbal) e execução da fonoarticulação. Todos estes eventos, isolados ou em conjunto, podem trazer ao paciente uma dificuldade em comunicar-se, que pode implicar em isolamento social que, por sua vez, pode desencadear ou agravar quadros depressivos.

Afasia

Os distúrbios de linguagem encontrados no pós- AVC são denominados como afasia, que são distúrbios que afetam os aspectos de conteúdo, forma e uso da linguagem oral e escrita, em relação à sua expressão e/ ou compreensão, como consequência de uma lesão cerebral. A Afasia pode vir acompanhada de alterações comportamentais, intelectuais e emocionais, que refletem nas atitudes e na personalidade do indivíduo.

 A terapia fonoaudiológica é o tratamento mais indicado para os pacientes afásicos e visa à reconstrução da linguagem, a utilização de estratégias compensatórias, a reorganização das habilidades comunicativas presentes, a facilitação da socialização e a reinserção ocupacional do paciente.

 Dispraxia oral e dispraxia de fala

As dispraxias são alterações referentes ao planejamento motor voluntário, que envolve o posicionamento e a sequência dos movimentos musculares, necessários para a produção dos gestos proposicionais aprendidos. A principal característica do paciente dispráxico é o melhor desempenho observado em atividades automáticas e espontâneas e o pior desempenho em atividades dirigidas. Ocorre a dificuldade para desempenhar a movimentação adequada dos músculos de face, lábios, língua, bochechas, laringe e faringe, sob comando; condição em que a pessoa acha difícil ou impossível mover sua boca ou língua para falar. Isso ocorre mesmo quando a pessoa tem o desejo de falar e os músculos da boca e língua são capazes de formar palavras.

A terapia fonoaudiológica nestes casos, visa trabalhar de forma intensiva os movimentos dos músculos da face e da língua, a fim de que os sons da fala saiam de forma adequada, mas este trabalho deve sempre respeitar as limitações e as necessidades de cada paciente.

Disartria

As disartrias são desordens que envolvem a produção da articulação e fonação de origem neurológica. As manifestações mais comumente observadas no pós-AVC são: articulação imprecisa, voz monótona em relação à frequência e à intensidade, alteração da prosódia, rouquidão, soprosidade, voz fraca, hipernasalidade, voz tensa, velocidade de fala variável e pausas inapropriadas. A combinação destes sinais pode comprometer a inteligibilidade de fala do paciente, interferindo de maneira negativa na socialização, contribuindo para o isolamento social e para o surgimento de quadros depressivos.

A terapia fonoaudiológica precisa contemplar as necessidades de cada paciente e visa, sumariamente, melhorar a inteligibilidade de fala e garantir bom desempenho comunicativo ao paciente, seja com o uso de recursos verbais ou não verbais, orais, gestuais e/ou gráficos.

Cognição

O comprometimento cognitivo é comum em pacientes com AVC agudo, com 45% de prevalência de pacientes com déficit cognitivo. Estas disfunções comumente proporcionam consequências devastadoras na vida do indivíduo e exercem forte impacto no desempenho ocupacional do paciente.

O comprometimento cognitivo geralmente envolve a memória, atenção, linguagem, cálculo, orientação temporal e espacial, funções executivas, negligência, apraxia e agnosia. A associação desses diferentes fatores, que podem se expressar isoladamente ou em conjunto em graus diversos de severidade, compõe um desafio primeiramente para o indivíduo, que se vê funcionalmente limitado e dependente de terceiros para a realização de tarefas básicas da vida cotidiana.

Tratamento

Você pode usufruir de todas estas facilidades e contar com a equipe profissional melhor preparada, de uma clínica referência em reabilitação neurológica, a Prosense.

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Responsável ProSense:

Dra. Michelle Coutinho Atherton
Fundadora – CEO – Fisioterapeura Neurofuncional
Mestre em Neurologia . UFMG
CREFITO: 118113F

Referências

  1. Mansueto Mourão, Aline; Oliveira Almeida, Erica; Aguiar Lemos, Stela Maris; Caseiro, Vicente, Laélia Cristina; Teixeira, Antonio Lúcio. Evolução da deglutição no pós-AVC agudo: estudo descritivo Revista CEFAC, vol. 18, núm. 2, marzo-abril, 2016, pp. 417-425, Instituto Cefac. São Paulo, Brasil.
  2. Avaliação neurocognitiva em pacientes pós AVC : uma revisão sistemática da literatura, Toazza, Rudineia , Fontoura, Denise Ren da, Salles, Jerusa Fumagalli de, http://hdl.handle.net/10183/32835, 2010.
  3. Caetano L de C, Espírito Santo C do, Leite L de A, Alvarenga BG, Caldana M de L. Processo de terapia fonoaudiológica em paciente pós-avc: terapia tradicional x terapia intensiva. 2018.
  4. Jacques, A., & Cardoso, M. C. de A. F. (2011). Acidente Vascular Cerebral e sequelas fonoaudiológicas. Revista Neurociências19(2), 229-236. https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8371

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