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Vamos falar sobre o AUTISMO?

 

O nome técnico oficial é Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) — que consiste em uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito ou hiperfoco e movimentos repetitivos). Existem muitos subtipos do transtorno, de maneira que vários níveis de suporte que necessitam, desde pessoas com outras doenças e condições associadas (concorrências), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.

As causas do autismo são, majoritariamente, genéticas. Segundo estudos recentes, um trabalho científico de 2019, demonstrou que fatores genéticos são os mais importantes na determinação das causas (estimados entre 97% e 99%, sendo 81% hereditário). É importante frisar que o autismo não é uma doença, mas sim um modo diferente de se expressar e reagir, que, apesar de não ter cura, não se agrava com o avanço da idade.  No entanto, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento, melhores serão a qualidade de vida e a autonomia da pessoa.

O tratamento para autismo é realizado assim que identificado o transtorno de acordo com as necessidades individuais da pessoa. Alguns podem se concentrar mais em um tipo de especialidade, enquanto outros podem se beneficiar de todas as terapias no mesmo nível de intensidade.

Dentro da mesma especialidade, como fonoaudiologia e fisioterapia, os profissionais, paciente e cuidadores (no caso, dos autistas mais comprometidos) irão planejar o tratamento de acordo com as necessidades percebidas. O objetivo sempre será desenvolver as áreas em que pacientes e especialistas identifiquem serem mais importantes.

Terapia Ocupacional no tratamento do autismo.

Um terapeuta ocupacional busca trabalhar três principais áreas: atividades de vida diária, atividades relacionadas a escola e atividades relacionadas ao brincar. O objetivo é ajudar o indivíduo com transtorno do espectro autista a se tornar mais independente e melhorar a qualidade de vida em casa e na escola.

O terapeuta ajuda a introduzir, manter e melhorar as habilidades para que os autistas possam chegar à independência e fazer parte da sociedade.

Tratamento Fisioterapêutico.

O tratamento fisioterapêutico do TEA consiste no treinamento de tarefas que estimulem as habilidades motoras da pessoa autista, trabalhando para desenvolver e aprimorar as funções básicas, como andar, sentar, ficar de pé, jogar, rolar, tocar objetos, engatinhar e a se locomover de maneira geral. O fisioterapeuta trabalha toda coordenação motora grossa e também se concentra no desenvolvimento da força muscular.

Fonoaudiologia aplicada para Autismo.

A fonoaudiologia é uma terapia fundamental para ajudar no processo de desenvolvimento da linguagem. O primeiro passo é avaliar quais são os recursos linguísticos e comunicativos utilizados pela criança e construir um plano de tratamento para desenvolver as áreas que apresentam dificuldades.

No caso dos autistas severos e moderados, pode ser necessário utilizar métodos alternativos de comunicação como os PECS, onde a criança aprende trocar o símbolo pelo objeto desejado. Por isso, a avaliação fonoaudiológica é importante para que se desenvolva um trabalho específico para cada paciente.

Conheça os serviços disponibilizados pela Prosense para tratamento de TEA no site www.prosense.com.br , ou pelo telefone (31) 99353-0205.

Dia Mundial de Conscientização do Autismo: 2 de abril.

Em 2007, a Organização das Nações Unidas – ONU declarou todo dia 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, quando cartões-postais do mundo todo se iluminam de azul (cor escolhida por haver, em média, 4 homens para cada mulher com TEA).

A partir de 2020, a Revista Autismo passou a lançar uma campanha nacional com um tema único para todo o Brasil para celebrar o 2 de abril. O primeiro tema foi “Respeito para todo o espectro — #RESPECTRO” e este ano o tema é “Lugar de autista é em todo lugar!”, com a hashtag #AutismoEmTodoLugar.

 

Revista científica, 2009

www.prosense.com.br/tratamentos/tratamentos-para-autismo/

CRITÉRIO DIAGNÓSTICO PARA O AUTISMO – DSM-5

CRITÉRIO DIAGNÓSTICO PARA O AUTISMO

diagnóstico de autismo

O diagnóstico de autismo apresenta desafios específicos para os profissionais de saúde, pois, em comum com outros transtornos do neurodesenvolvimento e a maioria dos transtornos psiquiátricos, não há biomarcadores utilizados na prática clínica.

Além disso, a condição é heterogênea, com uma ampla gama de níveis de gravidade e expressão de sintomas, e as características comuns ao autismo podem ocorrer em pessoas com outras condições. Aqueles que vêm para o diagnóstico também podem ter sintomas de outras condições, como epilepsia, dificuldade de aprendizagem ou distúrbios do sono, por exemplo, complicando ainda mais o diagnóstico, com alguns defendendo uma descompartimentalização dessas condições em crianças mais novas.

Em 2013, a American Psychiatric Association lançou a quinta edição de seu Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). O DSM-5 é agora a referência padrão que os profissionais de saúde usam para diagnosticar condições mentais e comportamentais, incluindo autismo.

CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO DE AUTISMO DSM-5

Déficits persistentes na comunicação social e interação social em vários contextos, conforme manifestado pelo seguinte, atualmente ou pela história (os exemplos são ilustrativos, não exaustivos, consulte o texto

Déficits na Comunicação Social:

Falhas na reciprocidade socioemocional, desde abordagens sociais anormais até a falta de compartilhamento de interesses.

Deficiências em comportamentos comunicativos não-verbais, abrangendo comunicação verbal e não verbal mal integrada.

Déficits no desenvolvimento, manutenção e compreensão de relacionamentos, envolvendo dificuldades em ajustar o comportamento a diferentes contextos sociais.

 

Padrões Restritos e Repetitivos de Comportamento

Movimentos motores estereotipados ou repetitivos, como estereotipias motoras simples.

Insistência na mesmice, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados.

Interesses altamente restritos e fixos, anormais em intensidade ou foco.

Reações hiper ou hiporreativas a estímulos sensoriais.

Níveis de Gravidade

O DSM-5 classifica os níveis de gravidade do autismo em três categorias:

REQUER SUPORTE

Caracterizado por déficits perceptíveis, porém com funcionamento relativamente preservado.
Observa-se dificuldade em iniciar e manter interações sociais, comportamentos repetitivos e inflexibilidade, mas tais desafios não comprometem substancialmente o funcionamento global.

REQUER SUPORTE SUBSTANCIAL

Apresenta déficits marcados nas habilidades de comunicação social e padrões comportamentais repetitivos.
Esses déficits causam interferência significativa em diversas áreas do funcionamento. Dificuldades em adaptar comportamentos a contextos sociais, resistência a mudanças e comprometimento na execução de atividades cotidianas são evidentes.

REQUER SUPORTE MUITO SUBSTANCIAL

Caracterizado por graves déficits que resultam em prejuízos significativos em todas as esferas do funcionamento
Observa-se iniciativa social muito limitada, respostas mínimas a estímulos sociais e inflexibilidade comportamental acentuada. Os desafios são profundos, afetando expressivamente a capacidade do indivíduo em lidar com diversas situações e demandas sociais.

Transtorno de Comunicação Social (Pragmática)

Os déficits resultam em limitações funcionais na comunicação eficaz, participação social, relações sociais, desempenho acadêmico ou desempenho ocupacional, individualmente ou em combinação.

O início dos sintomas ocorre no início do período de desenvolvimento (mas os déficits podem não se manifestar totalmente até que as demandas de comunicação social excedam as capacidades limitadas).

Os sintomas não são atribuíveis a outra condição médica ou neurológica ou a baixas habilidades nos domínios ou estrutura da palavra e gramática, e não são melhor explicados por transtorno do espectro do autismo, deficiência intelectual (transtorno de desenvolvimento intelectual), atraso global de desenvolvimento ou outro distúrbio mental.

Dificuldades persistentes no uso social da comunicação verbal e não verbal, manifestada por todos os seguintes:

1- Déficits no uso da comunicação para fins sociais, como saudação e compartilhamento de informações, de maneira adequada ao contexto social.

2- Comprometimento da capacidade de mudar a comunicação para corresponder ao contexto ou às necessidades do ouvinte, como falar de maneira diferente em uma sala de aula e no parquinho, falar de maneira diferente com uma criança e com um adulto e evitar o uso de linguagem excessivamente formal.

3- Dificuldades em seguir regras para conversação e narração de histórias, como revezar na conversa, reformular quando mal interpretado e saber como usar sinais verbais e não verbais para regular a interação.

4- Dificuldades para entender o que não está explicitamente declarado (por exemplo, fazer inferências) e significados não literais ou ambíguos da linguagem (por exemplo, expressões idiomáticas, humor, metáforas, significados múltiplos que dependem do contexto para interpretação).

A PROSENSE PODE AJUDAR!

O DSM-5 eliminou os diagnósticos separados e criou um continuum (Transtorno do Espectro do Autismo = ASD). Por essa definição, a manifestação sintomática foi reduzida e os critérios de diagnóstico são fixados para todo o espectro. As diferenças entre os indivíduos são expressas nos níveis de gravidade avaliados.

Na ProSense, adotamos uma abordagem interdisciplinar que destaca a colaboração estreita entre nossos profissionais especializados. Essa sinergia entre fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, neurologistas e outros membros da equipe permite uma abordagem abrangente no tratamento.

Incentivamos ativamente o envolvimento familiar, fornecendo orientações práticas e estratégias específicas para apoiar o paciente em casa. A família é vista como uma extensão essencial da equipe terapêutica, desempenhando um papel ativo no progresso e na manutenção das conquistas obtidas durante o tratamento.

A ProSense, com sua equipe interdisciplinar oferece os melhores recursos, está pronta para oferecer avaliação e tratamento. Entre em contato conosco pelo WhatsApp ou ligue para começar seu caminho. A ProSense está aqui por você!

REFERÊNCIAS

Faroy M, Meiri G, Arbelle S. [DSM-5 AND AUTISM: DIAGNOSTIC CHANGES AND CLINICAL IMPLICATIONS IN EARLY CHILDHOOD]. Harefuah. 2016 May;155(5):291-5, 322. Hebrew. PMID: 27526557.

American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders. 5th ed. Arlington, VA: American Psychiatric Association; 2013.

Tags: autismoCRITÉRIO DIAGNÓSTICO PARA O AUTISMO – DSM-5tratamento autista

TIPOS DE AUTISMO

TIPOS DE AUTISMO

Falava-se sobre diferentes tipos de autismo, como transtorno autista, síndrome de Asperger, transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação (PDD-NOS). Mas agora são todos chamados de “ transtornos do espectro autista – TEA”. Esses transtornos são caracterizados por três déficits principais: comunicação prejudicada, interação social recíproca prejudicada e padrões de comportamento ou interesses restritos, repetitivos e estereotipados.

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Autismo e Estimulação Cerebral não Invasiva

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Pessoas com autismo apresentam déficits em vários domínios, como cognição, memória, atenção, reconhecimento e regulação de emoções e habilidades sociais.

Na última década, métodos de estimulação cerebral não invasiva (NIBS), ou seja, estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS) e estimulação magnética transcraniana (TMS), foram examinados como novas opções terapêuticas para modificação da neuroplasticidade patológica (ou mesmo indução de plasticidade) envolvida em transtornos neuropsiquiátricos, incluindo TEA.

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