Traumatismo Craniano
Traumatismo Craniano
O que são traumas cranianos?
O crânio é um caixote de osso que não se distende. É forte em resistência e guarda o cérebro em seu interior. Ele apenas se comunica com o exterior através de um furo expressivo em sua base, ligando o cérebro com a medula espinhal. O cérebro, embora protegido por membranas que o envolvem, é frágil por natureza, e sofre lesão com facilidade quando atingido por algum agente agressor.
Ainda que guardado no interior da caixa craniana, o cérebro, pode ser afetado mesmo que o impacto ocasionado não ganhe acesso a ele, ou seja, mesmo que o trauma não gere fraturas ou penetrações no conteúdo ósseo. Dá-se o nome de traumatismo craniano(TCE), toda pancada ou abalo externo, que gere comprometimento no crânio, resultando em alterações neurológicas. Muitas lesões podem ser causadas por um simples impacto violento que faça o cérebro chocar-se contra as paredes cranianas como, por exemplo, nas acelerações ou desacelerações bruscas. Além disso, um TCE pode também produzir ruptura de nervos e de vasos sanguíneos, agravando suas consequências.
As causas de TCE estão enquadradas em um grupo de doenças ocorridas por fatores externos ao ser, sendo as principais: Acidentes automobilísticos(50%), onde os jovens e adolescentes é o público majoritário; quedas (30%), idosos, são os mais acometidos; Violência(20%), mais comum nas classes C e D da sociedade. É importante notar que 72% do total de casos de TCE estão relacionados com bebidas alcoólicas. O mecanismo que faz do TCE um acometimento extremamente incapacitante, é a injúria direcionada às células do cérebro. A porção mais externa do cérebro é carregada de neurônios que funcionam diariamente para manter ativa todas as funções do corpo humano, desde as mais básicas até as mais refinadas e, a morte destes neurônios, cria alterações e prejuízos neurológicos.
As incapacidades resultantes do TCE podem ser divididas em três categorias: físicas, cognitivas e emocionais/comportamentais. As físicas são diversificadas, podendo ser relacionadas ao movimento, a visão, ao tato, entre outras. As cognitivas frequentemente incluem principalmente problemas de atenção, memória, e funções executivas. As incapacidades comportamentais e emocionais são, em geral, a perda de autoconfiança, motivação diminuta, depressão, ansiedade, dificuldade de autocontrole. Os prejuízos físicos são os mais aparentes mas, a longo prazo, os problemas com cognição, personalidade e comportamento são mais importantes para a qualidade de vida da pessoas acometida.
Tradicionalmente, a reabilitação era direcionada em tratar a doença, tendo como foco a extinção das sequelas e problemas causados por elas. Hoje, os modelos de reabilitação refletem uma mudança de paradigma e definem saúde em termos mais amplos reconhecendo as pessoas como um todo, indicando também que os fatores sociais, psicológicos e ambientais contribuem para a saúde e a qualidade de vida.
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Fisioterapeuta responsável:
Michelle Coutinho, CREFITO 118113
REFERÊNCIAS:
Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Traumatismo Cranioencefálico, Brasília – DF 2015