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Fisioterapia Respiratória – Qual a importância em pacientes com lesão neurológica?

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Fisioterapia Respiratória – Qual a importância em pacientes com lesão neurológica?

A fisioterapia respiratória é a especialidade responsável por cuidar de problemas pulmonares que refletem em nossa respiração. A abordagem respiratória é bem conhecida pela atuação no ambiente hospitalar e nos centros de terapia intensiva (CTIs). Durante uma internação é comum receber a visita de um fisioterapeuta que sobretudo avalia a função respiratória e promove e orienta medidas para melhorar a respiração, tanto de maneira preventiva como curativa.

A  atuação da fisioterapia respiratória ainda é pouco conhecida em pacientes neurológicos em reabilitação ambulatorial. Afinal, o que um fisioterapeuta respiratório faz nesses casos?

A fisioterapia respiratória é responsável por promover ações com a finalidade de melhorar sintomas respiratórios e prevenir possíveis complicações. Exercícios que promovam preservação dos volumes pulmonares, melhorem a força dos músculos respiratórios, estimule a eliminação de secreções pulmonares e de vias aéreas superiores estão entre as condutas realizadas.

Para você que acabou de chegar no site por este artigo, quero que você saiba que a Clínica Prosense, é uma referência nacional em reabilitação de lesões e problemas neurológicos. A equipe multidisciplinar, altamente especializada, e com recursos tecnológicos e instrumental propício para aceleração da sua independência e reabilitação.  Seja bem vindo e boa leitura!

Lesões Neurológicas

As lesões neurológicas são aquelas que acometem nosso sistema nervoso, que é composto pelo cérebro, a medula e os nervos. Essas lesões causam alterações de movimento e cognição conforme a área acometida. Desta forma, há redução da mobilidade geral e de músculos da região torácica. A redução da mobilidade nesta região devido a fraqueza muscular proporciona diminuição de volumes pulmonares, tosse fraca com maior dificuldade para eliminação de secreções e redução do condicionamento físico, e a imobilidade global que pode levar ao acamamento aumenta ainda mais os riscos de complicações respiratórias, que incluem pneumonia, atelectasia, insuficiência respiratória com necessidade de ventilação mecânica, traqueostomia e com isso internação prolongada.

Lesão Medular

O comprometimento respiratório é uma das principais complicações da lesão medular na região cervical alta e uma das principais causas de morte, tanto na fase aguda quanto na fase crônica da lesão.

O impacto está relacionado ao nível da lesão, principalmente porque o diafragma, que é o principal músculo da respiração – responsável por aproximadamente 80% do trabalho ventilatório – é inervado por raízes nervosas que emergem da porção inicial da medula.

A lesão medular alta, em que pacientes cursam com tetraplegia, tem maior incidência de mortalidade no primeiro ano após o evento, sendo as causas respiratórias responsáveis ​​por 28% das mortes. A incidência anual de internações hospitalares por pneumonia e atelectasia é de 16% no primeiro ano e de 12% 5 anos após a lesão. Além disso, a fraqueza dos músculos respiratórios é uma das principais causas de morbidade e mortalidade.

Fisioterapia respiratória para patologias Neuromuscalares

Devemos considerar ainda as doenças neuromusculares, que por seu caráter progressivo tendem a cursar com complicações respiratórias e estas podem ser reduzidas com intervenção da fisioterapia respiratória. As patologias denominadas neuromusculares caracterizam-se por apresentar, na maioria das vezes, caráter evolutivo, com acometimento progressivo da função muscular, normalmente iniciando pela musculatura de extremidades, evoluindo para comprometimento da musculatura respiratória. Entre as principais doenças neuromusculares que levam o paciente a necessitar de fisioterapia respiratória, destacam-se:

  • Esclerose Lateral Amiotrófica;
  • Distrofia Muscular de Duchenne;
  • Síndrome de Guillian Barré

Outra situação em que a atuação fisioterapêutica é imprescindível é em pacientes traqueostomizados. O acompanhamento em sinergia com o tratamento fonoterápico proporciona evolução do ponto de vista de decanulação (quando esta é possível).

Possíveis complicações respiratórias em pacientes neurológicos:

  • Pneumonia
  • Atelectasia
  • Insuficiência respiratória
  • Distúrbios do sono
  • Retenção de secreções
  • Aumento do trabalho de respiratório – Esforço
  • Descondicionamento físico

São benefícios da fisioterapia respiratória:

  • Manutenção dos volumes pulmonares
  • Redução do trabalho respiratório
  • Eliminação mais efetiva das secreções
  • Melhora da força dos músculos respiratórios
  • Decanulação (desmame de traqueostomia)
  • Melhor adaptação a ventilação mecânica ou CPAP
  • Redução da incidência de atelectasias
  • Redução da incidência de pneumonias
  • Redução das internações hospitalares
  • Redução do cansaço em atividades diárias

Prosense

A Clínica Prosense é referência nacional em tratamento de lesões e sequelas decorrentes de AVC. Nosso compromisso vai além da excelência clínica, estendendo-se ao apoio integral à família durante todo o processo de recuperação. Acreditamos na importância de uma abordagem multidisciplinar, oferecendo serviços especializados em fisioterapia neurofuncional intensiva, fonoaudiologia e terapia ocupacional.

Contamos ainda com uma gama de técnicas modernas e equipamentos importados para garantir o mais alto padrão de cuidado. Na Prosense, acreditamos que a jornada de recuperação é uma experiência compartilhada, e nossa equipe está aqui não apenas para fornecer todo o apoio necessário aos pacientes, mas também às suas famílias

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Responsável Prosense:

Dra. Michelle Coutinho Atherton
Fundadora – CEO – Fisioterapeura Neurofuncional
Mestre em Neurologia . UFMG
CREFITO: 118113F

Referência:

1 Raab AM , Brinkhof MWG , Berlowitz DJ , e outros

Função respiratória e complicações respiratórias na lesão medular: protocolo para um estudo de coorte prospectivo e multicêntrico em países de alta renda

BMJ Open 2020; 10: e038204. doi: 10.1136/bmjopen-2020-038204

2 Garrido, et al. Respiratory muscle training improves exercise tolerance and respiratory muscle function/structure post-stroke at short term: A systematic review and meta-analysis,

Annals of Physical and Rehabilitation Medicine, Volume 65, Issue 5, 2022.

 

Texto escrito por Fisioterapeuta respiratória : Drª Adriene  Iris Cardoso Costa

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