O que você sabe sobre cognição?

O que você sabe sobre cognição?

O que você sabe sobre cognição? É o uso das habilidades mentais para adquirir aprendizado sobre o mundo, o conjunto dos processos mentais usados no pensamento na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas.

A cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos. É também, nossa melhor adaptação ao meio – um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno. Ela é um processo pelo qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em que vive, sem perder a sua identidade existencial. Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre a percepção. É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa memória.

 

O QUE É O DECLÍNIO COGNITIVO

É uma diminuição da atuação de um ou mais pilares da cognição. É um declínio dos processos cognitivos que se expressam principalmente como dificuldade de novas aprendizagens. A inibição de um dos movimentos do processo de equilíbrio entre os pilares da cognição impede a permanente reconstrução pessoal da modalidade a partir dos quatro níveis (organismo, corpo, inteligência e desejo). Diminui a modalidade de aprendizagem em um determinado momento e a partir daí, esta perde a possibilidade de ir transformando e de ser utilizada para transformar e progredir. Ao não poder estabelecer este processo de ressignificação interno à própria modalidade de aprendizagem, esta modalidade fica enrijecida, impedindo ou dificultando a aprendizagem de determinados aspectos da realidade. (Fernández, 1991).

 

Quais são os fatores de risco para o declínio cognitivo relacionado à idade?

  • Estilo de vida sedentário.
  • Baixo nível de escolaridade
  • Fatores socioeconômicos
  • Fumo
  • Obesidade
  • Diabetes tipo 2
  • Hipertensão arterial
  • Colesterol alto
  • Depressão

 

Declínio cognitivo grave

A demência é um dos sinais de que os pilares da cognição não estão em pleno funcionamento. A demência vem a ser um sintoma de doenças muito conhecidas, como por exemplo a Doença de Alzheimer, a demência Vascular, demência por corpos de Levy, demência Frontotemporal, entre outras.  A medida que a doença progride, o indivíduo vai perdendo a capacidade de se comunicar, de ter raciocínio, de tomada de decisão, gera perda da autonomia, dificuldade com a memória, menor desempenho da inteligência, desatenção, labilidade emocional incoerente, comportamento alterado, dificuldade com funções de coordenação motoras, alucinações e outros sinais.

 

Atividades de vida diárias (AVDs)

A saúde do idoso está estritamente relacionada com a sua funcionalidade global, definida como a capacidade de gerir a própria vida ou cuidar de si mesmo. O idoso é considerado saudável quando apresenta independência e autonomia, mesmo que apresente doenças. O grau de dependência do idoso é avaliado por meio da análise das atividades de vida diária (AVDs), que são tarefas do cotidiano realizadas pelo paciente. As AVDs avaliam o grau de autonomia e independência do indivíduo.

A autonomia é a capacidade individual para decidir sobre suas ações, estabelecendo e seguindo as próprias regras. E essa capacidade depende diretamente da cognição e do humor. A independência refere-se à capacidade de realizar algo com os próprios meios. Significa execução e depende diretamente de mobilidade e comunicação. Portanto, a saúde do idoso é determinada pelo funcionamento harmonioso de quatro domínios funcionais: cognição, humor, mobilidade e comunicação. O humor é a motivação necessária para os processos mentais e a mobilidade é a capacidade de deslocamento do indivíduo. Depende da postura/marcha, da capacidade aeróbica e da continência esfincteriana. E, finalmente, a comunicação é a capacidade de estabelecer relacionamento produtivo com o meio (habilidade de se comunicar). Depende de visão, audição e fala.

 

Incapacidade comunicativa

 A comunicação é a atividade primordial do ser humano. A possibilidade de estabelecer relacionamento produtivo com o meio, trocar informações, manifestar desejos, ideias, sentimentos está intimamente relacionada à habilidade de se comunicar. É a partir dela que o indivíduo compreende e expressa seu mundo. Problemas de comunicação podem resultar em perda de independência e sentimento de desconexão com o mundo, sendo um dos mais frustrantes aspectos dos problemas causados pela idade. A incapacidade comunicativa pode ser considerada importante causa de perda ou restrição da participação social (funcionalidade), comprometendo a capacidade de execução das decisões tomadas, afetando diretamente a independência do indivíduo.

Aproximadamente um quinto da população com mais de 65 anos apresenta problemas de comunicação. O geriatra, sendo tipicamente o primeiro clínico a ter contato com esses pacientes, necessita saber como reconhecer esses problemas. As habilidades comunicativas compreendem quatro áreas distintas: linguagem, audição, motricidade oral e voz (fala). A visão pode ser incluída como a quinta função comunicativa, atuando como função compensatória, na ausência das outras habilidades da comunicação oral-verbal.

 

A importância da atuação fonoaudiológica no declínio cognitivo

A linguagem é capaz de manter a interação social do indivíduo. Isso demostra a importância da atuação da Fonoaudiologia intervindo em processos terapêuticos, tendo em vista o aprimoramento das condições orgânicos-fisiológicas e das manifestações linguísticas, sobretudo em processo demencial.

Dentro do pilar das praxias e gnosias, observa-se que a alteração delas gera no paciente dificuldades motoras e sensitivas. A diminuição da eficiência de deglutição é um aspecto a ser tratado pelo Fonoaudiólogo, já que não engolir bem pode causar engasgos e broncoaspiração e a consequência mais provável são as pneumonias por aspiração. Dificuldade em perceber sabores, texturas e temperatura dos alimentos dentro da boca é outro fator que impacta na eficiência da deglutição e também pode agravar os riscos de pneumonia.

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Edgar Nunes de Moraes; Marília Campos de Abreu Marino; Rodrigo Ribeiro Santos. Principais síndromes geriátricas. Main geriatric syndromes. Rev Med Minas Gerais 2010; 20(1): 54-66.