ProSense – Centro de Reabilitação Neurofuncional Integrada

PARALISIA CEREBRAL

O que é Paralisia Cerebral?

Um distúrbios não progressivos que ocorrem durante o desenvolvimento e a formação do sistema nervoso central (SNC). A PC pode ser adquirida antes, durante ou após o nascimento. As disfunções motoras na PC são acompanhadas, na maioria dos casos, por distúrbios sensoriais, perceptuais, cognitivos, comunicativos e muitas vezes, presença de convulsões. Além da incapacidade motora, indivíduos com PC apresentam alterações nas condições relacionadas a atividades e participação, quando contextualizados pela Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Diante deste cenário, é extremamente importante que indivíduos diagnosticados com PC sejam assistidos por equipe terapêutica multidisciplinar: fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia.

Quais são as causas?

As causas da PC sempre foram divididas em três grandes momentos:

  • Pré natal (antes do nascimento): caracterizado por desordens genéticas, infecções congênitas do grupo TORCH (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e sífilis) e hipóxia fetal decorrente de complicações maternas, como hemorragias durante a gestação. A exposição da mãe a substâncias tóxicas ou agentes teratogênicos, como radiação, álcool, cocaína e certas medicações, principalmente nos primeiros meses de gestação, representa um fator derisco.

  • Peri natal (durante o nascimento): as causas se relacionam, principalmente, a complicações durante o parto, sendo a prematuridade e a hiperbilirrubinemia mais prevalentes.

  • Pós natal (após o nascimento): são infecções do SNC (meningites e encefalites), traumatismo cranioencefálico e hipóxia cerebral grave (afogamento, convulsões sem controle e prolongadas e parada cardíaca).

Sendo que não é consenso na literatura qual o período exato ocorre o desenvolvimento cerebral completo, ou seja, não se pode afirmar com precisão o limite superior de idade que caracterize quando é o fim do período pós natal. Acredita-se que as causas de origem pré natal representam 75% dos casos, asfixia peri natal entre 6 e 8% e as causas pós natal variam de 10 a 18%.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da PC é dado baseado na combinação do caso clínico com a manifestação de sinais neurológicos, sendo que 14% dos casos é sugestivo de componente genético. O diagnóstico geralmente ocorre entre a faixa etária de 1 e 2 anos de idade, porém, de acordo com a literatura atual, o diagnóstico precoce ou situações que indicam alta probabilidade de risco da PC, podem ser previstos até os 6 meses de idade cronológica ou corrigida – em casos de prematuridade.

Para a realização de um diagnóstico clínico precoce e com exatidão, é necessário a combinação de raciocínio clínico seguido de avaliações com fortes variáveis preditivas para detecção de lesões encefálicas, são elas: ressonância magnética neonatal, avaliação da qualidade de movimento da criança e exame neurológico infantil.

O diagnóstico precoce ajuda a promover a aceitação familiar, levando ao aumento da confiança com a equipe médica, permitindo então maiores e melhores acessos à intervenções de tratamentos precoces e maior eficiência no uso de recursos terapêuticos, o que contribui para resultados mais satisfatórios relacionados à reabilitação da criança.

Tem cura?

Não. A lesão encefálica causada pelo evento que ocasionou a PC é permanente, imutável e não progressiva, ou seja, a lesão existirá por toda a vida do indivíduo, porém não haverá extensão e/ou progressão da mesma. Porém, a intervenção precoce maximiza a neuroplasticidade e minimiza as consequências secundárias das manifestações tônicas que afetam os grupos musculares e o alinhamento ósseo desses indivíduos, promovendo melhoras em relação a força muscular, equilíbrio, percepção corporal e atividades de vida diária.

O que esperar do desenvolvimento da criança com PC?

Embora a PC se manifeste de forma heterogênea entre indivíduos, o desenvolvimento da função motora grossa e da postura é uma habilidade prejudicada em todas as crianças e adolescentes. O Sistema de Classificação da Função Motora Grossa(GMFCS) se distingue em cinco níveis baseados no desempenho funcional diário, fornece a classificação objetiva da função motora de crianças e adolescentes e as classifica de acordo com o uso ou não de tecnologia assistiva através de dispositivos para mobilidade. A classificação é feita de maneira crescente, quanto maior o grau delimitação motora, maior a pontuação do GMFCS.

A gravidade motora é prevista com maior exatidão após os 2 primeiros anos devida da criança, já que durante esse período quase metade dos bebês têm sua função motora grossa (avaliada por meio do GMFCS) reclassificada; ainda é difícil a avaliação do tônus muscular e de suas alterações de acordo com o desenvolvimento da criança e neste período também ocorre grande desenvolvimento cerebral através do processo de neuroplasticidade, levando ao processo de reorganização cerebral em resposta aos estímulos ambientais como cuidados e terapias.

Fonte: https://vidasaudavel.einstein.br/paralisia-cerebral-principais-informacoes/

Como tratar?

A reabilitação de indivíduos com PC é de grande complexidade, pois além de abordar a melhora de componentes neuromotores, deve capacitá-los para o desempenho de atividades e tarefas em sua rotina e possibilitar participação social. O planejamento de intervenções terapêuticas eficazes para crianças com PC, exige entendimento dos mecanismos subjacentes ao controle postural das mesmas. O controle motor participa ativamente de todas as habilidades motoras, logo seu aperfeiçoamento gera melhorias nas atividades e funções do corpo.

Muitas intervenções terapêuticas para crianças com PC são evidenciadas na literatura científica e têm eficácia comprovada. Treinamentos motores específicos a tarefas, terapia de contenção induzida, therasuit, plataforma vibratória, estimulação transcraniana, estimulação elétrica funcional, fortalecimento e atividade física, equoterapia e atividades funcionais com suporte parcial de peso são recomendados como principais recursos no programa de atendimento à PC, pois induzem a neuroplasticidade e produzem ganhos funcionais, com comprovação na literatura.

Se você conhece, têm um familiar ou amigo que possa se beneficiar com esse tratamento, indique nossa clínica. Estamos aqui para realizar uma avaliação completa e explicar sobre o melhor tratamento.

Sua primeira vez no nosso site?

A Clínica Prosense é referência nacional em reabilitação de lesões e problemas neurológicos.
Trazemos inovações de todo o mundo e tratamos com a excelência que você merece!
Marque uma avaliação pelo Whatsap ou nos telefones:(11) 5199-9033| (31) 3088-2135

Responsável Prosense:

Dra. Michelle Coutinho Atherton
Fundadora – CEO – Fisioterapeura Neurofuncional
Mestre em Neurologia . UFMG
CREFITO: 118113F

Leia também